terça-feira, 13 de julho de 2010


Sei que algumas decisões assustaram.


Fizeram-te pensar, o que aconteceu àquela doce menina.

Se perguntarem, diga somente que ela descobriu o caminho do céu. Que cresceu, ao voltar a ser criança.

Diga que continua doce. Mas, apenas uma menina.

Daquelas que esquecem que tem gente grande na sala, na hora de fazer perguntas indiscretas. E, que não se cala, enquanto não lhe dão uma resposta.

Mas, também daquelas que não recusam abraço a quem precisa. Que faz a pergunta “Por que você está chorando tia, não chora não”.

Que quando gosta, gosta de verdade. Sem falsos sorrisos, sem falsos sentimentos.

Por ser apenas uma menina, tem liberdade pra sentir o que sente. Sem medo, vergonha ou culpa. Pode gritar a hora que tem vontade.

Por ser apenas uma menina, pode chorar pelos seus motivos, sem se preocupar se acham feio.

Por ser apenas uma menina, não se permite, por pura ingenuidade, ser refém das expectativas alheias.

Por ser apenas uma menina, não se vende por presentes caros, por mais que estes façam seus olhos brilharem.

O que gosta mesmo é de afeto verdadeiro. Daquele abraço que vem com um pirulito depois que o pai chega do trabalho. Mas se o pirulito não vier, não tem importância, desde que o abraço apertado chegue.

Por ser apenas uma menina, ainda não sabe quem é, mas sabe dizer bem do que não gosta.




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