domingo, 20 de junho de 2010


Há uma música que fala que “adeus também foi feito pra se dizer…”, no entanto não é sempre que se tem essa oportunidade. O que na verdade é bastante irônico; afinal que relacionamento começa sem uma troca incessante de palavras?

Até hoje só vi casais terminaram numa boa em filmes, na vida real a história é um pouquinho mais embaixo. Uma das partes sempre sai magoada – ou porque foi traída, ou porque ainda gostava. E se rolar briga, as palavras que sairão, serão aquelas ditas para machucar ainda mais. É fácil, no calor da discussão, apontar o dedo e enumerar os erros do outro, como se somente aquilo fosse o motivo do fim. Ou vira troca de acusações: “eu fiz isso porque você fez aquilo”, “mas eu fiz aquilo porque você tinha feito aquele lá antes”… e aí vai!

Acaba-se perdendo a chance de dizer “obrigada”… pelas risadas, pelos colos, pelos abraços, pelos bons momentos, pela felicidade daquele tempo. Que, talvez, seriam mais felizes se não fosse a estúpida mania de “tentarmos”. Porque até enxergamos que os gênios não batem, que os gostos são diferentes, mas insistimos em nome do “amor”. Às vezes forma-se um redemoinho de rotina, comodismo, mentiras, cobranças, ciúmes que NENHUM amor suporta; a beleza do amor seria melhor apreciada se o mesmo fosse afastado do relacionamento… afinal, no fim das contas não é o amor que conta?

Então, talvez, essa seria a melhor maneira de dizer adeus: deixar o outro livre, com boas lembranças e feliz. Antes de ficar no olho do furacão, antes de “enterrarmos” tal passado, antes de alimentarmos algum desafeto que vez ou outra afeta seu humor… ou pior: descobrir que ainda gosta da pessoa que te fez mal (ou que você magoou) – , vc poderia dar um abraço e desejar sorte na vida!

Assim percebo o quanto teria sido linda uma relação, SE o egoísmo, a carência, as mentiras, a falta de coragem, as mágoas, as fofocas não tivessem falado tão alto; SE tivesse existido, ao menos, a chance de dizer “adeus”; SE as coisas tivessem ido em outra direção – que SE grandioso esse!

Aí, só assim, desconectando o amor do relacionamento, seria verdadeiro dizer “sim, eu teria te amado… para sempre!”




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